A Apple lançou uma promoção inédita na China para a linha iPhone 16, em resposta à queda de 47,4% nas vendas de novembro. Entre os dias 4 e 7 de janeiro, os consumidores chineses podem adquirir dispositivos com descontos significativos, conforme anunciado no site oficial da Apple China.
Descontos e Preços
A promoção reduziu o preço do iPhone 16 Pro de 7.999 yuans (~R$ 6.718) para 7.499 yuans (~R$ 6.305). Enquanto o iPhone 16 Pro Max caiu de 9.999 yuans (~R$ 8.407) para 9.499 yuans (~R$ 7.986). Já os modelos mais acessíveis, iPhone 16 e iPhone 16 Plus, tiveram cortes de 400 yuans no preço final.
Esses descontos visam atrair consumidores em meio à alta concorrência com marcas locais. Por exemplo, a Huawei registrou um aumento de 42% nas vendas graças a estratégias promocionais e produtos inovadores.
Concorrência e desafios na China
A queda nas vendas de marcas estrangeiras na China reflete o fortalecimento de fabricantes locais, que têm investido pesado em tecnologias como Inteligência Artificial (IA). A ausência de recursos baseados em IA nos iPhones 16 é vista como um dos fatores que afastaram o consumidor chinês.
Dados recentes da IDC revelam que as remessas de marcas estrangeiras no mercado chinês caíram de 5,769 milhões de unidades em 2023 para apenas 3,04 milhões em 2024. Essa queda tem como principal prejudicada a Apple, enquanto marcas nacionais continuam ganhando espaço.

Análise do cenário brasileiro
No Brasil, a situação da Apple apresenta características diferentes. Apesar dos preços elevados, os iPhones continuam sendo um símbolo de status e qualidade, o que garante sua popularidade, especialmente entre jovens e profissionais.
No entanto, o cenário econômico do país também impõe desafios. O alto custo dos dispositivos, agravado por impostos e variação cambial, reduz o poder de compra dos brasileiros, forçando muitos a optarem por modelos usados ou importados. Além disso, a expansão de marcas como Xiaomi e Samsung, que oferecem modelos competitivos a preços mais acessíveis, pressiona o domínio da Apple no mercado nacional.
Uma estratégia promocional como a aplicada na China poderia ser uma oportunidade para a Apple expandir sua base de usuários no Brasil, principalmente em um contexto de crescimento do mercado de smartphones recondicionados e da busca por custo-benefício pelos consumidores.
Assim, embora o mercado brasileiro não enfrente a mesma competição feroz com marcas nacionais como na China, a Apple precisará equilibrar preço e inovação para manter sua relevância em um país onde o custo ainda é um fator decisivo.
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