O novo Gemini aparece como recurso central no Pixel 10, mas um vazamento revela que ele roda melhor em modelos mais antigos. Isso acontece porque versões anteriores incluíam um mecanismo físico chamado Active Edge, capaz de ativar assistente por pressão nas bordas — algo que o Pixel 10 não oferece.
Em um teste, o autor do vazamento resgatou seu Pixel 4, instalou o Gemini e descobriu que, ao apertar suavemente o aparelho, o assistente pop-up aparecia imediatamente. Essa interação se mostrou mais fluida do que acionar por botão no Pixel 10.
Active Edge: saudade de uma função esquecida
Entre 2017 e 2019, Google equipava Pixel 2, 3 e 4 com Active Edge: o usuário apertava as laterais e invocava o assistente. A ideia era oferecer atalho físico, rápido e intuitivo.
No Pixel 10, a ativação de Gemini depende do botão liga/desliga ou da frase “Hey Google”. Embora funcione bem, a interação física presente nos aparelhos mais antigos torna o uso mais natural e envolvente.
Logo, para quem quer usar Gemini de forma instantânea, aparelhos com Active Edge ainda oferecem vantagem.
Comparativo: usabilidade e fluidez
Critério | Pixel antigo com Active Edge | Pixel 10 (sem Active Edge) |
---|---|---|
Ativação rápida | Sim, por pressão nas bordas | Não, via botão ou voz |
Experiência de uso | Mais intuitiva e divertida | Funcional, mas menos orgânica |
Aceleração | Recurso dedicado permite reatividade | Depende do botão/voz |
Mesmo com hardware moderno e chip Tensor G5, o Pixel 10 perde em experiência de interação específica pela ausência desse componente físico.
Por que a Google abandonou o Active Edge?
A Google removeu Active Edge por razões que ainda não ficam claras. Talvez problemas de durabilidade, custo ou demanda reduzida tenham pesado na decisão.
Além disso, a empresa parece apostar cada vez mais em IA e ativação por voz, relegando atalhos físicos ao passado. Contudo, o vazamento mostra que muitos usuários sentirão falta dessa função — especialmente os que valorizam fluidez e interação física com o smartphone.
O que esperar daqui para frente
Se a Google quiser recapturar aquele charme de interação, pode reintroduzir um mecanismo semelhante em futuros modelos — talvez repensado com sensores de pressão mais avançados.
Enquanto isso, quem busca melhor experiência com Gemini pode preferir modelos antigos ou aguardar um Pixel futuro que combine hardware moderno com toques físicos inteligentes.
