A Apple acaba de revelar um impacto significativo em seus custos operacionais devido às tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos sob a administração Trump. Segundo o CEO Tim Cook, a empresa estima um aumento de até US$ 900 milhões nos custos somente no segundo trimestre de 2025, entre abril e junho. Isso, claro, considerando que a atual política tarifária permaneça inalterada até o fim do trimestre.
Essa estimativa alarmante mostra como as tensões comerciais entre EUA e China continuam afetando grandes empresas globais. Embora no primeiro trimestre – de janeiro a março – os efeitos tenham sido limitados, a situação mudou drasticamente com a aplicação efetiva das tarifas a partir de abril.
O que está por trás desse aumento de custos?
Grande parte do aumento se deve às tarifas de aproximadamente 20% aplicadas a produtos importados da China. Apesar disso, a Apple tem buscado maneiras estratégicas de minimizar os impactos. Por exemplo, a empresa redirecionou parte da sua cadeia de suprimentos, passando a importar iPhones da Índia e iPads e Macs do Vietnã.
Essa mudança de fornecedores, embora benéfica no médio prazo, não foi suficiente para evitar os efeitos das tarifas aplicadas sobre produtos que chegaram aos EUA ainda em fevereiro, quando os impostos estavam em vigor.

Além disso, um novo conjunto de tarifas foi anunciado em abril, com alíquotas adicionais de até 125% sobre determinadas categorias de produtos, como acessórios e serviços como o AppleCare. Isso pode elevar a carga tarifária para até 145% nesses segmentos.
Estratégias da Apple para contornar a situação
Para mitigar os danos, a Apple acelerou o processo de diversificação geográfica de sua produção. No segundo trimestre, a maioria dos iPhones vendidos nos Estados Unidos será proveniente da Índia. Já os iPads, Macs, Apple Watches e AirPods terão origem no Vietnã. Essa movimentação visa evitar a exposição direta às tarifas mais altas, que continuam sendo direcionadas principalmente aos produtos fabricados na China.
Contudo, a China continuará sendo o principal centro de fabricação para mercados fora dos EUA. Assim, enquanto a Apple consegue se proteger em parte no mercado norte-americano, os riscos tarifários permanecem relevantes em escala global.
Incertezas no horizonte
Tim Cook alertou que o valor de US$ 900 milhões é apenas uma estimativa com base na política atual. Qualquer alteração inesperada por parte do governo pode aumentar ou reduzir esse número. Além disso, o Departamento de Comércio dos EUA iniciou uma investigação sobre importações de semicondutores e equipamentos relacionados, o que pode gerar novas ondas de tarifas no futuro.
Apesar desse cenário instável, a Apple mantém sua postura de investir no longo prazo, com foco contínuo em inovação e adaptação às novas regras comerciais globais.

Por mim poderia colocar 200% de taxa !!!!
Tarifas nunca são boas para os menores!